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A mostrar mensagens de março, 2021

"Tão abstrata é a ideia" - Fernando Pessoa. Por Beatriz Amaro, 10.ºA

"Tão abstrata é a ideia" - Poema de Fernando Pessoa.  Por Beatriz Amaro, 10.ºA Visualizar   Aqui  

"Não quero ser na vida" - Elizabete Amendoeira, 10.º A. (Poema original)

  Não quero ser na vida O início de um fim, Nem o fim De um começo… Quero ser O início De um começo Sem fim…   Elizabete Amendoeira (poema original) 10.ºA, N.º5

"Inventei a dança para me disfarçar" - Sophia de Mello Breyner Andresen. Por Anita César, 10.ºA.

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  Bailarina: Anita César, autora do trabalho.

"A Caverna" - Norberto do Vale Cardoso. Pela aluna e neta do Poeta Diana Freire Cardoso

  Poema "A Caverna" de Norberto do Vale Cardoso.  Pela aluna  do Agrupamento Fernão de Magalhães e neta do Poeta Diana Freire Cardoso Visualizar    Aqui

"Aos Poetas" - Miguel Torga. Por Manuela Tender, Professora do Agrupamento Fernão de Magalhães

  AOS POETAS Somos nós As humanas cigarras! Nós, Desde os tempos de Esopo conhecidos. Nós, Preguiçosos insectos perseguidos. Somos nós os ridículos comparsas Da fábula burguesa da formiga. Nós, a tribo faminta de ciganos Que se abriga Ao luar. Nós, que nunca passamos A passar!... Somos nós, e só nós podemos ter Asas sonoras, Asas que em certas horas Palpitam, Asas que morrem, mas que ressuscitam Da sepultura! E que da planura Da seara Erguem a um campo de maior altura A mão que só altura semeara. Por isso a vós, Poetas, eu levanto A taça fraternal deste meu canto, E bebo em vossa honra o doce vinho Da amizade e da paz! Vinho que não é meu, mas sim do mosto que a beleza traz! E vos digo e conjuro que canteis! Que sejais menestreis De uma gesta de amor universal! Duma epopeia que não tenha reis, Mas homens de tamanho natural! Homens de toda a terra sem fronteiras! De todos os feitios e maneiras, Da cor que o sol lhes deu à flor da pele! Crias de Adão e Eva verdadeiras! Homens da torre de

"Ser Bombeiro" - Lobo Amaral. Por Carlos Santos, EFA GERIATRIA

  Ser Bombeiro   Descer a montanha do bem estar, Conviver com a angústia e com a dor, Enfrentar a terra e as ondas do mar, Fazer tudo, mas tudo com Amor. Uma farda que não dá poder, Um machado ao serviço da PAZ. Um sentimento de vida e de querer, E a vontade de ser capaz. Um obrigado, ao filho, ou à esposa, À mãe e também ao pai, Porque espera uma pessoa idosa, Porque nos dilacera um " Ai" O sangue que no chão derrama, Os gritos que a dor não deixa ouvir, O combate à destruidora e infernal chama, São o verdadeiro eco de um fraterno sentir. Deixar tudo por cada homem que chora Deixar tudo por cada ser que agoniza, Contrariar o desespero em cada hora, Dar aos outros a própria camisa, O risco é duro e permanente, As horas não têm minuto nem segundo, O desafio é louco mas consciente O BOMBEIRO é uma presa do mundo.   de Lobo Amaral    Este poema reflete-se na minha vida pessoal: sou Bombeiro Voluntário desde os meus 18 anos, faço combate a incêndios, salvamentos, inundações... Al

"Violência Doméstica" - Gibson Medeiros. Por Sarah Cardoso, 10.ºA

  Violência doméstica Quantas vezes me bateu sem falar o que eu fiz eu só queria ser feliz você não compreendeu o meu coração sofreu sentindo o corpo padecer em troca de tanto amor tive sofrimento e dor mas não vivo sem você É difícil de entender porque sou tão submissa sirvo pra tua cobiça teu momento de prazer porém nada vou dizer o meu direito é se calar se nem piso na calçada mesmo assim fico marcada sem ter forças pra lutar Apenas vou chorar recuar mais uma vez diante a tua embriaguês nada posso recusar tudo tenho que aceitar calada sou agredida e por ser tão dependente vivo casada e carente escrava da própria vida Gostaria de gritar para o mundo inteiro ouvir o tanto que sofri sem poder denunciar se não tenho onde morar vivo a mercê da sorte vou me recolher tão cedo convivendo com o medo de escrever a própria morte. Guibson Medeiros   Eu escolhi este poema porque é algo que acho bastante importante porque é, infelizmente, a vida de mu

"Amizade" - William Shakespeare. Por Sofia Carneiro, 10.ºA

                                               Amizade Perguntei a um sábio, a diferença que havia entre amor e amizade, ele me disse essa verdade... O Amor é mais sensível, a Amizade mais segura. O Amor nos dá asas, a Amizade o chão. No Amor há mais carinho, na Amizade compreensão. O Amor é plantado e com carinho cultivado, a Amizade vem faceira, e com troca de alegria e tristeza, torna-se uma grande e querida companheira. Mas quando o Amor é sincero ele vem com um grande amigo, e quando a Amizade é concreta, ela é cheia de amor e carinho. Quando se tem um amigo ou uma grande paixão, ambos sentimentos coexistem dentro do seu coração.   William Shakespeare   ·         Então escolhi este poema porque foi algo que me tocou quando comecei a ler, identifico-me bastante, porque já passei por muito estes anos por causa do amor e da amizade e foi por isso que escolhi e dar oportunidade a outras pessoas lerem este lindo poema.   Sofia Carneiro n

"Amor é fogo que arde sem se ver" - Luís Vaz de Camões. Por Bianca Moura Feijó, 10.ºA

"Amor é fogo que arde sem se ver" - Luís Vaz de Camões.  Por Bianca Moura Feijó, 10.ºA Ver   Aqui    

"Segredo" - Poema de Miguel Torga. Por Gonçalo Paulo, 7.ºB

 

"Pedra Filosofal" - António Gedeão. Por João Dias, ex-aluno da Escola Fernão de Magalhães

  Dia da Poesia - A minha escolha: Pedra Filosofal de António Gedeão Poema cantado por Miguel Freire   Aqui Pedra Filosofal Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida tão concreta e definida como outra coisa qualquer, como esta pedra cinzenta em que me sento e descanso, como este ribeiro manso em serenos sobressaltos, como estes pinheiros altos que em verde e oiro se agitam, como estas aves que gritam em bebedeiras de azul. Eles não sabem que o sonho é vinho, é espuma, é fermento, bichinho álacre e sedento, de focinho pontiagudo, que fossa através de tudo num perpétuo movimento. Eles não sabem que o sonho é tela, é cor, é pincel, base, fuste, capitel, arco em ogiva, vitral, pináculo de catedral, contraponto, sinfonia, máscara grega, magia, que é retorta de alquimista, mapa do mundo distante, rosa-dos-ventos, Infante, caravela quinhentista, que é Cabo da Boa Esperança, ouro, canela, marfim, florete de espadachim, bastidor, passo de dança, Colombina e Arlequim, passarola voadora,

"As almas dos poetas" - Maria Vieira Esteves, autora do poema e prima da aluna Micaela Portal, do 10.ºE, sua proponente

  As almas dos Poetas   Sinto muito sentir tanto Mas só assim é que sei ser Amor e alma, fogo e pranto, Desejo intenso de escrever...! Horas doces de alegria E amargas de sofrimento - Tudo vive na poesia, Que dá o eterno ao momento. Esse é o fado dos Poetas: - Dar à vida eternidade! Do passado são profetas, Do futuro são saudade. Sentem tanto que transbordam Para aqueles versos que tecem Pensamentos que transformam, Sentimentos que enobrecem.   Que seria dos sensíveis Se não houvesse poesia? Dos que querem impossíveis E não só ter mais um dia... É no poema que se encontra O sentido e a razão De existir tendo em conta O poder do coração. São as almas dos Poetas Que sentem muito sentir tanto Que dão voz em suas letras Ao terror e ao encanto. E por isso a alma humana Cria versos e poemas: Pra florir a sua chama, Pra carpir as suas penas.         Maria Vieira Esteves   Março de 2021  

"Ser poeta é ser mais alto" - Florbela Espanca. Por Eduardo Cruz, 10.ºA. Inclui tema interpretado pelos Trovante

  DIA MUNDIAL DA POESIA Um dos poemas que melhor representa o que é ser poeta, na minha opinião, é um soneto de Florbela Espanca : Ser poeta é ser mais alto.   Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim... É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente... É seres alma, e sangue, e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! Florbela Espanca   Link para a audição do poema cantado pelos Trovante. https://www.youtube.com/watch?v=voNBZkzDN54 Ouvir o tema    Aqui Eduardo Cruz n.º23 10A

"Quando é que passará esta noite interna..." - Fernando Pessoa - Álvaro de Campos. Por Florbela Chamuinha, EFA Geriatria

Quando é que passará esta noite interna, o universo, E eu, a minha alma, terei o meu dia? Quando é que despertarei de estar acordado? Não sei. O sol brilha alto, Impossível de fitar. As estrelas pestanejam frio, Impossíveis de contar. O coração pulsa alheio, Impossível de escutar. Quando é que passará este drama sem teatro, Ou este teatro sem drama, E recolherei a casa? Onde? Como? Quando? Gato que me fitas com olhos de vida, que tens lá no fundo? É esse! É esse! Esse mandará como Josué parar o sol e eu acordarei; E então será dia. Sorri, dormindo, minha alma! Sorri, minha alma, será dia! Fernando Pessoa - Álvaro de Campos (Magnificat) Proponente: Florbela Chamuínha  EFA GERIATRIA 

"AMAR!" - Poema de Florbela Espanca. Por Maria Santos, 9.ºB

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"Se" - Penélope Homero. Por Sofia Constantino Alves, 11.ºA

Ler o poema    Aqui  

"Não posso adiar o amor" - António Ramos Rosa. Poema dito por Manuela Tender, com Luísa Tender ao piano

"Não Posso Adiar o Amor" Poema dito por Manuela Tender, com melodia de Luísa Tender ao piano   Aceder à gravação   Aqui   Não posso adiar o amor para outro século não posso ainda que o grito sufoque na garganta ainda que o ódio estale e crepite e arda sob as montanhas cinzentas e montanhas cinzentas Não posso adiar este braço que é uma arma de dois gumes amor e ódio Não posso adiar ainda que a noite pese séculos sobre as costas e a aurora indecisa demore não posso adiar para outro século a minha vida nem o meu amor nem o meu grito de libertação Não posso adiar o coração. António Ramos Rosa Interpretação musical de Luísa Tender na íntegra, aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7Mgo2Wkj0Wg

"Há no jardim da humanidade" - Poema de António Custódio Alves. Pelo neto Pedro Custódio Alves Queirós, 11.ºB

A homenagem do Pedro Custódio Alves Queirós ao avô, António Custódio Alves, com um belo poema que pode ser lido   Aqui  

"Amor é fogo que arde sem se ver" - Luís Vaz de Camões. Declamado por Catarina Alves, 9.ºC

 Declamação  da Catarina Alves   Aqui  

"Dear world Leaders" - Tom Foolery. Por Prof.ª Paula Araújo, Docente de Inglês do Agrupamento Fernão de Magalhães

A ouvir    Aqui  

"Assim que se olharam, amaram-se" - William Shakespeare. Por Laura Vieira, 10.ºA

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"Ausência" - Sophia de Mello Breyner Andresen. Por Catarina Mosca Santos, 7.ºA

  Ausência Num deserto sem água Numa noite sem lua Num país sem nome Ou numa terra nua Por maior que seja o desespero Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.                                             Sophia de Mello Breyner Andresen Eu escolhi este poema porque é um dos meus preferidos e sempre que o leio comove-me.

"Amor é fogo que arde sem se ver" - Luís Vaz de Camões. Por Ana Salgado, 10.ºA

  Poema escolhido por Ana Salgado, 10.ºA Ler     Aqui

"Confiança" - Miguel Torga. Por Rosa Santos, ex-aluna do Liceu de Chaves

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O que é bonito neste mundo, e anima, É ver que na vindima De cada sonho Fica a cepa a sonhar outra aventura... E que a doçura Que se não prova Se transfigura Numa doçura Muito mais pura E muito mais nova... Miguel Torga

"Amor é fogo que arde sem se ver" - Luís Vaz de Camões. Por Íris Pereira, 7.ºA

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Círculo Vicioso" - Machado de Assis. Por David Henrique Lima de Paula, 11.ºB

Círculo Vicioso" - Machado de Assis. Por David Henrique Lima de Paula, 11.ºB Visualizar   Aqui  

" Amor é fogo que arde sem se ver" - Luís Vaz de Camões. Por Martim Ramos, 7.ºA

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"A cura" (Ou No tempo da pandemia" - António Fagundes. Por Francisco Rodrigues, 7.ºA

  Poema     A cura (ou No tempo da pandemia) E as pessoas ficaram em casa E leram livros e ouviram música E descansaram e fizeram exercícios E fizeram arte e jogaram E aprenderam novas maneiras de ser E pararam E ouviram mais fundo Alguém meditou Alguém rezava Alguém dançava Alguém conheceu a sua própria sombra E as pessoas começaram a pensar de forma diferente. E as pessoas curaram. E na ausência de gente que vivia De maneiras ignorantes Perigosos, perigosos. Sem sentido e sem coração, Até a terra começou a curar E quando o perigo acabou E as pessoas se encontraram Eles ficaram tristes pelos mortos. E fizeram novas escolhas E sonharam com novas visões E criaram novas maneiras de viver E curaram completamente a terra Assim como eles estavam curados.   Escolhi este poema porque representa o momento que nós passamos sobre a pandemia. Francisco 7ºA N.7 Autor do poema: Antônio Fagundes

"Não só quem nos odeia ou nos inveja" - Fernando Pessoa - Ricardo Reis. Por Simão Félix, 7.ºA

  “Não só quem nos odeia ou nos inveja”, de Ricardo Reis     Não só quem nos odeia ou nos inveja Nos limita e oprime; quem nos ama Não menos nos limita. Que os deuses me concedam que, despido De afetos, tenha a fria liberdade Dos píncaros sem nada. Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada É livre; quem não tem, e não deseja, Homem, é igual aos deuses.                                                                                                                                                                                                    Eu justifico este poema pelas seguintes frases: Não tem porque interpretar um poema porque o poema já é uma interpretação. Não há poema em si, mas em mim ou em ti.                                                                                      

"Nem nos defende a ausência" - José Augusto Seabra. Por Tomás Rodrigues Carvalho, 7.ºA

"Nem nos defende a ausência" - José Augusto Seabra.  Por Tomás Rodrigues Carvalho, 7.ºA Ler   Aqui  

"Todas as cartas de amor são ridículas" - Fernando Pessoa-Álvaro de Campos: por Joana Filipa Machado, 8.º B

 

"Poema do Dia do Pai" - Maria Lages. Por Rafael Pereira, 7.ºA

"Poema do Dia do Pai" - Maria Lages.  Por Rafael Pereira, 7.ºA Ler   Aqui

"Cidade" - Poema de Matilde Gonçalves, aluna do 7.ºA

Poema de Matilde Gonçalves, 7.ºA   Aqui

"Conquista" - Miguel Torga. Por Manuel Pereira, pai de aluno do AEFM

  Conquista Livre não sou, que nem a própria vida Mo consente. Mas a minha aguerrida Teimosia É quebrar dia a dia Um grilhão da corrente. Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino. E vão lá desdizer o sonho do menino Que se afogou e flutua Entre nenúfares de serenidade Depois de ter a lua! Miguel Torga, in "Cântico do Homem" Para mim a poesia é liberdade e conquista como a vida. É essa forma de estar na vida que transmito ao meu filho.

"Autopsicografia" - Fernando Pessoa. Por Irene Santos. Mãe e ex-aluna Recorrente

  AUTOPSICOGRAFIA O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas da roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama o coração. Fernando Pessoa  , Cancioneiro. L&PM Editores Este poema é o retrato do poeta e da poesia. Um dos meus preferidos de Fernando Pessoa. Irene Santos

"Transforma-se a amador na cousa amada" - Luís de Camões. Por António Trinta, 9.ºB

  Transforma-se o amador na cousa amada Transforma-se o amador na cousa amada, Por virtude do muito imaginar; Não tenho logo mais que desejar, Pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, Que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, Pois consigo tal alma está liada. Mas esta linda e pura semideia, Que, como o acidente em seu sujeito, Assim co'a alma minha se conforma, Está no pensamento como ideia; [E] o vivo e puro amor de que sou feito, Como matéria simples busca a forma. Poema da autoria de Luís de Camões   NOME: António NÚMERO: 2 TURMA: B

"Nos conhecemos de repente" - Suzana Alexandre, EFA Geriatria (poema original)

  Nos conhecemos de repente, Nos apaixonamos loucamente... O tempo passou, Nossa história mudou E se transformou Em amor!   Suzana Alexandre EFA Geriatria

"A poesia é um sentimento" - Lia Monteiro, 10.ºA (poema original)

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"Lágrima" - SweetThoughtsOfMine (Pseudónimo). Aluna do Ensino Secundário Noturno.

Aceder ao poema    Aqui  

"Fanatismo" - Florbela Espanca. Por Daniela Costa, 9.ºB

"Fanatismo" de Florbela Espanca.  Por Daniela Costa, 9.ºB Ler   Aqui  

"Muriel" - Poema de Manuel Cintra. Por Dânia Basto, aluna do AEFM

  Manuel Cintra “Muriel”   “Às vezes, se te lembras, procurava-te e não te perdia, era só por haver-te já perdido ao encontrar-te. Nada no fundo tinha que dizer-te e para ver-te verdadeiramente, e na tua visão me comprazer indispensável era evitar ter-te. Era tudo tão simples quando te esperava, tão disponível como então eu estava. Mas hoje há os papéis, há voltas a dar, há gente à minha volta, há a gravata no meu pescoço. Misturei muitas coisas com a tua imagem, tu és a mesma mas nem imaginas como mudou aquele que te esperava.”

"Seedless Radices" - Rafael Lino, 9.ºB (poema original)

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"E tudo era possível" - Ruy Belo. Por Marta Sousa, 10.ºA, com reflexão pessoal sobre a Poesia.

  Para mim, a poesia é uma forma de exprimir sentimentos e de usar as palavras de uma forma mágica. Escolhi um poema de Ruy Belo que estudámos no 9.º ano, sobre o facto de conseguirmos fazer tudo através da nossa imaginação quando somos crianças. Este poema é uma homenagem a essa fase da nossa vida, a mais bonita, em que os sonhos são possíveis.   E Tudo Era Possível…   Na minha juventude antes de ter saído da casa de meus pais disposto a viajar eu conhecia já o rebentar do mar das páginas dos livros que já tinha lido   Chegava o mês de maio era tudo florido o rolo das manhãs punha-se a circular e era só ouvir o sonhador falar da vida como se ela houvesse acontecido   E tudo se passava numa outra vida e havia para as coisas sempre uma saída Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer   Só sei que tinha o poder duma criança entre as coisas e mim havia vizinhança e tudo era possível era só querer   Ruy Belo in Homem de Palavra(s)  

"Segredo" - Poema de Miguel Torga. Por Susana Fernandes, EFA Geriatria

                       Poema      Segredo Sei um ninho. E o ninho tem um ovo. E o ovo, redondinho, Tem lá dentro um passarinho Novo   Mas escusam de me atentar: Nem o tiro, nem o ensino. Quero ser um bom menino E guardar Este segredo comigo. E ter depois um amigo Que faça o pino a voar…                                                   Miguel Torga     Escolhi este poema porque me faz lembrar a minha infância, fez-me lembrar os dias em que passávamos as tardes de Primavera a procurar os ninhos pelas árvores, também encontrávamos alguns durante o percurso que fazíamos para a escola, pois era bastante longe, 3 kms a pé. Desde então íamos, quase diariamente visitar o ninho, esperávamos ficar vazio para podermos contar os ovinhos. Sabíamos que não podíamos falar do ninho junto à lareira, pois os antigos diziam-nos que se o fizéssemos iriam lá posteriormente as formigas e destruiriam os filhotes.