"Muriel" - Poema de Manuel Cintra. Por Dânia Basto, aluna do AEFM
Manuel Cintra
“Muriel”
“Às vezes, se te lembras, procurava-te e não te perdia, era só por haver-te
já perdido ao encontrar-te.
Nada no fundo tinha que dizer-te e para ver-te verdadeiramente, e na tua
visão me comprazer indispensável era evitar ter-te.
Era tudo tão simples quando te esperava, tão disponível como então eu
estava. Mas hoje há os papéis, há voltas a dar, há gente à minha volta, há a
gravata no meu pescoço.
Misturei muitas coisas com a tua imagem, tu és a mesma mas nem imaginas
como mudou aquele que te esperava.”
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